quinta-feira, 5 de julho de 2007

A música que faz nascer estrelas

Improvisos de vida e morte: A estrela.

Só o instantâneo olhar pode perceber e entender:
A interação faz nascer estrelas
A estrela olha para baixo:
"...ter tanto a dizer pode parecer um vazio banal,
tal qual não ter nada a dizer..."
Pergunto: não é tudo a mesma coisa? Então a estrela some e o escuro toma conta
Acho que não reconheço mais este lugar:
De repente eu me vi ali...bem ali: frágil, no chão, agachado...
Daí eu peguei na minha mão e me levantei. Nunca tinha festejado tanto quanto neste momento. Foi bom. Logo depois fui para o verde e lá fiquei. É tão bom ser eu, pensei. É tão bom que eu não quero me perder no meio de multidões e ensaios. Vou ficar aqui sentado escutando minha música predileta até que a estrela olhe de novo para mim. Esperei, esperei e esperei...
Percebi que ela não viria: calei.
Pensei, meio sem querer, um tanto contrariado:
mas por que você sumiu?!
"...sou o seu olhar desprevenido..."
Tomo-a de assalto com um olhar desprevenido,
como quem escuta a música predileta sozinho longe da multidão e dos ensaios.
Ela é olhar percorrendo espaços desconhecidos
Penso se existe o esgotamento... esgotamento de improvisos
"...só o que é ensaiado se esgota e...
...por boa vontade do improviso pode sobreviver
por mais um pouco até que...
finalmente morre..."
Percebi: sentimento, vida, verdade: tudo um grande improviso, então?
"...merecem muito respeito...
e merecem um olhar improvisado, olhar puro, sem tomar como referência qualquer ensaio desgastado..."
Deve ser porque os ensaios podem enganar como qualquer outro vício, porque fazem você ter a ilusão que sabe das coisas...veja só!
Novas estrelas nascendo...
"...foi assim que miramos estrelas e olhares desprevenidos de nós mesmos..."